segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Egypt unveils 4,400-year-old tomb of ancient priestess


A 4,400-year-old tomb has been discovered in Giza, believed to belong to a woman with links to royalty.
The priestess, named Hetpet, is said to have served Hathor, the goddess of fertility.

03 Feb 2018 - BBC

http://www.bbc.com/news/av/world-africa-42932591/4400-year-old-tomb-discovered-in-egypt


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

ESCALAR


Quantos degraus tem numa subida?
Quantas montanhas existem na vida?
Sabe a resposta o Alpinista?
Ou ele apenas busca a vista?
O Alpinista quer aprender a escalar.
Mas, antes de tudo, ele quer aprender enquanto escala pois sabe que para uma bela vista desfrutar, muito há para aperfeiçoar e muito precisa realizar.
E lá vai ele subir, descer, subir, descer, cair, descamar, tropeçar, subir, escalar, escorregar, descer, subir, calejar, subir, descer, desfrutar, subir, descer, experimentar, subir, descer, aprender, subir, descer, subir, descer, subir, descer, subir,
descer.
Es ca lar

sábado, 20 de janeiro de 2018

CÂNTICOS DEVOCIONAIS 4


SOLOMON IBN GABIROL, nasceu em Málaga aproximadamente em 1021 e faleceu em  Valência, aproximadamente em 1058. Conhecido como Solomon ben Judah (em hebraico), Sulaymān ibn Yaḥyà ibn Ŷabīrūl (em árabe) e pelos latinos como Avicebron. Judeu andaluz, poeta e filósofo, foi provavelmente o maior neoplatônico da tradição filosófica árabe medieval, como também o maior poeta judeu medieval.
Seus trabalhos literários mais conhecidos são Fonte da Vida, Fons Vitae, em latim; e Keter Malkut, Coroa do Reino, em hebraico. Este último, escrito na sua maturidade, é um longo poema místico que sintetiza as crenças tradicionais judaicas, a filosofia neoplatônica e o seu enorme conhecimento da astronomia árabe. Nele, Ibn Gabirol faz uma reflexão sobre Deus e os seus Atributos, as maravilhas da Criação, a descrição de cada um dos elementos da Criação e o papel que ocupam a Alma e o corpo do Homem no Universo.


KETER MALKUT 
(trechos)
Para Ti, o poder, cujo mistério ultrapassa as forças de nossos pensamentos, posto que em muito nos superas.
Para Ti, o arcano da pujança, o mistério e o fundamento secreto.
Para Ti, o nome oculto aos sábios
A Força que sustenta o mundo sobre o nada, e o poder para trazer a luz o que estáoculto.
Para Ti, a bondade que se estende a todas as criaturas, e a beatitude guardada para aqueles que te adoram.
Para Ti os mistérios que a inteligência ou o pensamento não podem alcançar, a vida não sujeita a destruição,
O Trono elevado acima de todas as alturas e a morada oculta no cume do mistério.
Para Ti, Senhor, o ser que da sombra de sua luz manifesta todo ser;
Por isso dizemos: “À sua sombra vivemos”.
Para Ti, os dois mundos entre os quais estabeleces uma fronteira:
O primeiro para os atos e o segundo para as recompensas.
Para Ti é a retribuição que guardaste para os justos e por isso a ocultas:
“E viste que era bom e o reservaste”.
(...)
Tu és Um, Princípio de todo cômputo, Fundamento de todo o composto.
Tu és um e no mistério de tua Unidade os sábios se espantam, pois desconhecem tua essência.
Tu és um e tua unidade não decresce nem aumenta, não és deficiente nem superabundante.
Tu és um, não como a unidade criada ou a unidade numérica,
(...)
Tu és Deus, que sustenta os seres com tua divindade, e nutres as criaturas com tua unidade.
Tu és Deus e não hádistinção entre tua divindade e tua unidade, entre tua existência e tua eternidade.
Pois tudo isso e um único mistério, e ainda que variem os nomes e os lugares de cada um, “Tudo se encaminha ao mesmo lugar”.
(...)
Que seja Tua Vontade, Senhor, meu Deus, voltar em direção a mim Tua misericórdia
E que eu retorne em completo arrependimento diante de tua face.
Ouve a súplica de meu coração; abre minha alma à tua lei e planta em meus pensamentos tua fé.
Pronuncia sobre mim boas sentenças e anula sobre mim os maus decretos.
Não me jogues em direção às tentações nem me deixes em vergonha.
De toda má fortuna, salva-me.
 E até que tenham passado os perigos, cobre-me com tua sombra.
Sê em minha boca assim como em minha mente,
 e guarda meus caminhos para que não peque com minha língua.
Recorda-te de mim em graça pela memória de teu povo  quando edifiques teu templo a fim de que possa contemplar a beatitude de teus eleitos
E purifica-me para que possa ingressar em teu santuário destruído e desolado.
Para que possa acariciar suas pedras e seus escombros, o pó e a terra de suas ruínas.
Reedifica suas ruínas.
(Trechos extraídos de: Metafísisca, Mística e Linguagem na obra de Schlomo Ibn Gabirol (Avicebron): Uma abordagem Bergsoniana. Cecília Cintra Cavaleiro de Macedo. Doutorado em Ciências da Religião - PUC - São Paulo - 2006)