segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

CANTO SUAVE (Shir Naim)


"Minha Alma, forre e clarividente,
como não tens piedade de ti mesma?
E te esqueces d'Aquele que te educou
que te fez saborear doçuras
te vestiu de púrpura...
E agora, eis-te aqui
nos passos do rebanho,
arrastando-te aos pés das paixões ruins e terrestres,
eis-te desnuda de enfeites
e o vinho da tua festa
transformou-se em banquete de lágrimas.

- Coragem, junta as tuas forças
não sejas como este grande elefante
e este camelo
quando um rato faz deles o que quer
eles não se revoltam
por causa de sua tolice
Eles não conhecem sua força!

Mas tu, minha alma lúcida e forte...
O que farás no dia da conta final?
O que poderás responder
Àquele que te enviou?
Não ouças os gritos de alegria do tempo
o teu corpo é fraco e pobre!
O tempo vai, apressa-te.
Quanto ao corpo, talvez seja
o seu último dia.

- Fura meu coração de pedra
e difunde de lá para mim
um raio do teu rosto,
claro como o sol,
esplêndido como a lua.
Não fiques mudo, impassível
eleva a tua suave voz
nos cantos, nos louvores.
Abre tua boca
deixa exalar tuas belas palavras
Perante o Santo, Bendito seja Ele,
eleva teus olhos para o Céu
e lembra-te do teu antigo Amor".  

Versos da introdução do livro Likutei Moharan,
do Rabi Nachman de Breslaw, de Abençoada Memória.






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