domingo, 2 de outubro de 2011

Aquarela - Toquinho


Para Vítor, 
que está fazendo um ano, 
desejando que todas as cores e formas 
preencham seus olhos
com a alegria das descobertas.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A música de Bedrich Smetana no filme A Árvore da Vida (1)


 A peça, Ó Moldava - poema Sinfônico Minha Pátria (Parte 1) do compositor tcheco Bedrich Smetana é um dos momentos marcantes da trilha sonora do filme A Árvore da Vida, de Terrence Malick que tem música original composta por A. Desplat.
No vídeo, Antony Witt rege a Radio Symphony Orchestra Prague, no concerto de abertura do Prague Spring Festival, em 2009.

A música de Bedrich Smetana no filme A Árvore da Vida (2)


Die Moldau, Vltava - Má Vlast, de B. Smetana, com a Royal Concertgenbouw Orchestra sob regência de Nikolaus Harnoncourt, Amsterdam, 2010.

domingo, 11 de setembro de 2011

Cartas



Algumas vezes
Na madrugada
Em vez de cartas
Palavras
Em vez de jogo
Sinais
Parágrafos
Grafia
Digressões.
Desfibrar sensações
Talvez emoções.
Desembaralhar
Me sacar
Pra não me cortar.

Às vezes passo
Às vezes aposto
Nem sempre a postos
Nem sempre Ás.

Às vezes na madrugada
Labuto
Coisas más.
Coisas de detrás.
Coisas de grutas, coisas demais.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

REFLEXO


Um dia,
a filha da Lua
no escuro ficou.
Nada de prata,
nenhum clarão.
Tudo breu,
tudo breu,
só os olhos
na penumbra catavam. 

Buscava, buscava, cansava.
Cadê o olho da noite? Cadê o reflexo lunar?
Cansava, cansava, recuava.
Na toca entrar, no ventre se resguardar.
Pensava, pensava, se entregava.
Nesse entremeio, rodeios, lamúrias, quereres.
Quereres em falta,
Carências tão grandes,
Maiores angústias,
Enormes dúvidas.
Medos.
E nada da Lua.
Nadava sozinha no fundo do lago,
no sem fim do poço se esquecia.
Em lamas turvas, gemia.
Ah, cadê o olho da noite? Cadê o raio reflexo?
Quero ver, quero ver!
E viu no rosto do lago o desgosto.
Ó desfaçatez, desfaçatez!
É essa a minha tez?
Vai timidez,
sai insensatez!
Com as mãos desfez
do sofrimento a placidez.


Desta vez, 
sem talvez,
mas de vez,
Para ver
da lucidez
o brilhar.