quinta-feira, 7 de abril de 2011

LEONARDO DA VINCI (3)


A ÁRVORE E A VARA

Uma árvore que crescia lindamente, erguendo em direção ao céu sua copa de tenras folhas, reclamou da presença de uma vara de madeira velha e seca que estava ao seu lado.
- Vara, você está perto demais de mim. Não pode chegar mais para lá?
A vara fingiu nada ouvir e não deu resposta.

Em seguida, a árvore virou-se para a cerca de espinhos que a circundava.
- Cerca, você não pode ir para outro lugar? Você me irrita.
A cerca fingiu nada ouvir e não deu resposta.
- Linda árvore - disse um lagarto, levantando sua sábia cabecinha para olhar para a árvore - você não vê que a vara está mantendo você reta? Não percebe que a cerca está protegendo você contra as más companhias?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

LEONARDO DA VINCI (2)

O CISNE


O cisne arqueou seu pescoço flexível em direção à água e mirou longamente seu reflexo.
Compreendeu o motivo de seu cansaço e do frio que invadia seu corpo, fazendo-o tremer como se fosse inverno. Soube, com absoluta certeza, que sua hora era chegada, e que devia preparar-se para a morte.
Suas penas ainda eram tão alvas como em seu primeiro dia de vida. As estações do ano e o tempo haviam passado sem deixar marca alguma em sua plumagem branca como a neve. Agora podia partir, sua vida terminaria em plena beleza.
Endireitando seu lindo pescoço, nadou lenta e majestosamente em direção a um salgueiro sob o qual habituara-se a descansar quando fazia calor. Anoitecia, e o pôr-do-sol coloria de vermelho e roxo as águas do lago.
No grande silêncio que caía em torno, o cisne pôs-se a cantar.
Jamais, até então, encontrara tons tão cheios de amor pela natureza, pela beleza do céu, da água e da terra. Sua doce canção atravessou os ares com um leve toque de melancolia até, finalmente, sumir, lenta, muito lentamente, com os últimos raios de luz no horizonte.
- É o cisne - disseram os peixes, os pássaros e todos os animais dos bosques e dos prados.
Profundamente emocionados, disseram:
- O cisne está morrendo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

LEONARDO DA VINCI (1)


O TESTAMENTO DA ÁGUIA

Há muitos anos atrás, uma águia majestosa morava sozinha no cume de uma alta montanha. Um dia sentiu que a hora de sua morte aproximava-se. Com um possante grito chamou pelos filhos, que moravam mais abaixo. Quando viu todos reunidos, olhou para eles, um a um, e disse-lhes:
- "Cuidei de vocês e criei-os de maneira a que pudessem olhar diretamente para o Sol. Deixei morrer de fome seus irmão que não suportavam enfrentar o Sol. Por esse motivo, vocês merecem voar mais alto que todos os outros pássaros. Qualquer um que deseje preservar sua vida não atacará os ninhos de vocês. Todos os animais os temerão e vocês jamais farão mal aos que os respeitarem. Deixem-nos comer os restos de suas presas.
Agora estou prestes a deixá-los. Porém, não morrerei aqui em meu ninho. Voarei para bem alto, até onde minhas asas conseguirem me levar. Irei em direção ao Sol a fim de me despedir. Os fogosos raios do Sol queimarão minhas velhas penas. Cairei em direção à terra, e, finalmente, para dentro d'água.
Porém, milagrosamente, surgirei novamente da água, rejuvenescida e pronta a iniciar nova existência. É essa a sina das águias, é nosso destino".

 A essas palavras a águia levantou vôo. Majestosa e solenemente vôou em torno da montanha onde estavam seus filhos. Depois, subitamente, partiu em direção ao Sol que queimaria suas velhas asas cansadas.

domingo, 3 de abril de 2011

LEONARDO DA VINCI


Nasceu em 15 abril  de 1452, em Vinci, perto de Veneza, na Itália.   
Morreu em   02 de maio de 1519, em Amboise, no Vale do Loire, na França.

Um gênio, um Mestre, uma  inspiração.
Quando comecei a postar, escolhi seu traço para dar a feição visual deste blog e não poderia ser diferente. O desenho do feto dentro do útero dá o sentido do  vasilhas do título: o ser humano como a vasilha receptora da Luz, do Amor e do Desejo de Deus  de criar uma Criatura à  sua imagem e semelhança. Durante este mes, quero fazer  uma homenagem a ele publicando  textos de  sua autoria.

  "Vendo eu que não poderia acertar com um assunto de grande utilidade e deleite, pois os homens que me precederam já tomaram para si todos os demais temas úteis e necessários, farei com que, em minha pobreza, eu chegue por último na feira e, não podendo prover-me de outra coisa, me arranjarei com tudo o que os outros não quiseram e recusaram por seu pouco valor. 

Assim, eu me encarregarei, às custas de meu modesto pecúlio, dessa mercadoria sobrante, repudiada por tantos mercadores; e, para não obter lucro no preço em que eu a ofereço, irei vendê-la não por grandes cidades, mas pelos povoados mais miseráveis".   


Assim pensava, sentia, falava e agia aquele que assinava como 
"Io, Lionardo", "Eu, Leonardo".



Dr. Quantum


 "Medo do desconhecido
ou medo do que ainda não é conhecido?"

Miami Masters 1000

Nole, Novak Djokovic outra vez campeão.