quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

CÂNTICOS DEVOCIONAIS 3


Aceite-me

Aceite-me, querido Deus, aceite-me por um momento.
Deixe os dias órfãos gastos sem Você serem esquecidos.
Alongue este breve instante por Seu amplo colo, mantendo-o sob Sua luz.
Vagueei atrás de vozes que me atraíram… deu em nada.
Permita-me, agora, sentar em paz e escutar Suas palavras no espírito de meu silêncio.
Não mostre Suas costas aos segredos obscuros do meu coração: queime-os até que Seu fogo os ilumine.

“O Coração de Deus: Poemas Místicos de Tagore Rabindranath” – Escolhidos e editados por Herbert F. Vetter. Tradução de Alberto Pucheu. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 21)


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RABINDRANATH TAGORE, (07 de maio de 1861 - 07 de agosto de 1941, Calcutá), também chamado de Gurudev. Poeta, romancista, músico e dramaturgo, reformulou a literatura e a música bengali no final do século XIX e início do século XX. Autor de Gitânjali (Oferenda Lírica), foi  o primeiro não-europeu a conquistar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1913. Destacado representante da cultura hindu, sua influência e popularidade internacional se compara a de Mahatma Gandhi. Escreveu os hinos de dois países: Bangladesh e Índia e fundou a Universidade Visva-Bharati.
Seus versos, contos e romances são aclamados por seu lirismo, coloquialismo, naturalismo e contemplação.  Veja: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rabindranath_Tagore

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

CÂNTICOS DEVOCIONAIS 2




Yosef Karduner - Shir La'ma'alot  (à capela)
Tehillim 121, de Davi  - Shir lamaalot
Salmo 121, de Davi - Cântico de Elevação
 

Shir lamaalot essa enai el heharim, meáyin iavo ezri.
Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?

Ezri meim HaShem, osse shamáyim vaárets.
O meu socorro vem de HaShem,que fez o céu e a terra.

Al yiten lamot raglêcha, al ianum shomerêcha.
Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda.

Hine lo ianum velo yishan, shomer Yisrael.
É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.

HaShem shomerêcha, HaShem tsilechá al iad ieminêcha.
HaShem é quem te guarda,  HaShem é a tua sombra à tua direita. 

Iomam hashémesh lo iakêca, veiarêach balaila.
De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua.

HaShem yishmorchá micol ra, yishmor et nafshêcha.
HaShem te guardará de todo mal; guardará a tua alma.

HaShem yishmor tsetechá uvoêcha, meata vead olam.
HaShem guardará a tua saída e a tua entrada,
desde agora e para sempre.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

CANTO SUAVE (Shir Naim)


"Minha Alma, forre e clarividente,
como não tens piedade de ti mesma?
E te esqueces d'Aquele que te educou
que te fez saborear doçuras
te vestiu de púrpura...
E agora, eis-te aqui
nos passos do rebanho,
arrastando-te aos pés das paixões ruins e terrestres,
eis-te desnuda de enfeites
e o vinho da tua festa
transformou-se em banquete de lágrimas.

- Coragem, junta as tuas forças
não sejas como este grande elefante
e este camelo
quando um rato faz deles o que quer
eles não se revoltam
por causa de sua tolice
Eles não conhecem sua força!

Mas tu, minha alma lúcida e forte...
O que farás no dia da conta final?
O que poderás responder
Àquele que te enviou?
Não ouças os gritos de alegria do tempo
o teu corpo é fraco e pobre!
O tempo vai, apressa-te.
Quanto ao corpo, talvez seja
o seu último dia.

- Fura meu coração de pedra
e difunde de lá para mim
um raio do teu rosto,
claro como o sol,
esplêndido como a lua.
Não fiques mudo, impassível
eleva a tua suave voz
nos cantos, nos louvores.
Abre tua boca
deixa exalar tuas belas palavras
Perante o Santo, Bendito seja Ele,
eleva teus olhos para o Céu
e lembra-te do teu antigo Amor".  

Versos da introdução do livro Likutei Moharan,
do Rabi Nachman de Breslaw, de Abençoada Memória.






sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

RASHBI, a alfarrobeira, o Zohar

Rav Shimon Bar Yochai, o RASHBI - de Abençoada Memória -, discípulo do Rav Akiva (40-150 d.C), viveu na Galiléia na época do domínio do império romano. Perseguido pelas autoridades que decretaram sua morte, refugiou-se numa caverna onde viveu recluso durante treze anos, juntamente com seu filho Rav Eliezer - de Abençoada Memória.
Na Kabalah, se conta que eles sobreviveram todos esses anos bebendo água de um córrego que havia bem próximo à caverna e comendo os frutos de uma  alfarrobeira  que havia na entrada da caverna e que, de tão frondosa, guardava os dois fugitivos da visão dos passantes.  Todo o seu tempo na  reclusão foi dedicado ao estudo profundo da Torah.

Depois de treze anos, mudaram as autoridades romanas, a perseguição se aplaca e os dois voltam para a cidade.
Rav Shimon sai da caverna tendo atingido uma mística muito forte e uma espiritualidade muito elevada. Reúne novamente seus discípulos, aos quais se agregam outros estudiosos,  e lhes transmite toda a sabedoria que atingiu sobre a Lei. Seu filho, Eliezer, vai anotando suas palavras iluminadas e estas formam o grande Livro do Zohar - O Livro do Esplendor. O Esplendor do Zohar é, desde então, alimento para aqueles que desejam com todo seu coração e para isso trabalham intensamente, acender a chama divina que o Criador, Bendito Seja, deixou no interior de cada um de nós.

Alfarrobeira (Ceratonia siliqua)
Família: Fabaceae
Identificação

A alfarrobeira é uma espécie de folha persistente, com uma copa ampla e densa. A casca do tronco é lisa e acinzentada. As flores são pequenas e estão reunidas em raminhos. Distingue-se a flor macho da flor fêmea, podendo também ser hermafrodita.
O fruto é uma vagem verde, pendente, que pode ter até 25 cm de comprimento, e que se torna castanha com a maturidade. A alfarroba, o fruto, é utilizada para inúmeros fins, desde a alimentação à farmacêutica.
Curiosidade:

Sabia que Portugal é o terceiro maior produtor mundial de alfarroba, logo a seguir a Espanha e Marrocos? A alfarrobeira encontra-se na região mediterrânica como planta cultivada desde tempos antigos. A sua produção sustentável tem aumentado nos últimos dez anos, sobretudo na região do Algarve.  https://www.zoo.pt/site/plantas_detalhe.php?animal=219&categ=5

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

INICIAÇÃO - A CHAVE


 Belas fotos, tantos símbolos e significados...
 E os textos, ensinamentos, requerem profundo silêncio para acolher as palavras.
 Gratidão!

http://sabedoriadasestrelas.com.br/2017/12/27/iniciacao-a-chave/